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Dicas do Pediatra

Por Margaréte F. dos Santos - Pediatra - CRM 18342
e-mail: margarete@sinos.net

MONONUCLEOSE INFECCIOSA

Popularmente conhecida como “febre do beijo” ou “doença do beijo”, a mononucleose infecciosa é uma doença causada por um vírus da família herpes chamado de Epstein Barr.
A transmissão da doença ocorre através do contato com saliva, seja através do beijo ou através de objetos (como brinquedos, canetas) contaminados pela saliva e compartilhados (como em crianças). Muito raramente é transmitida através de sangue contaminado. No entanto, pessoas com diagnóstico de mononucleose não deverão doar sangue por cerca de um ano após a doença.
O período de incubação (tempo entre o contato com o vírus e o aparecimento dos sintomas) é de 30 a 50 dias.
Antigamente se pensava que era uma doença exclusiva de adolescentes e adultos, mas graças ao desenvolvimento de exames mais específicos hoje diagnosticamos tal doença até em bebês (diagnóstico clínico e sorológico).
As principais manifestações da doença são dores de garganta, cansaço e febre de qualquer intensidade (podendo persistir por muitos dias), além do aumento de linfonodos (ínguas) cervicais e submandibulares, axilares e até inguinais. Tosse, dor nas articulações, aumento de fígado e/ou de baço também poderão estar presentes. Em alguns pacientes poderá aparecer uma erupção na pele – principalmente naqueles que estiverem usando antibiótico derivado de penicilina. Poderá haver dificuldade respiratória provocada pelo aumento exagerado dos linfonodos cervicais que acontece em alguns pacientes. Poderão ainda aparecer complicações no âmbito neurológico, renal, hepático ou cardíaco. Nas crianças menores de dois anos os sintomas costumam ser mais vagos e inespecíficos, muitas vezes confundidos com sintomas de outras doenças virais.
O tratamento é basicamente de suporte. Repouso, remédios para febre e/ou dor são os cuidados necessários para a maior parte dos pacientes. Doenças virais como a mononucleose são auto-limitadas, ou seja, vêm e vão sem necessidade de medicação específica. Antibióticos são contra-indicados. Em pacientes com aumento do baço é necessário repouso mais rigoroso e limitação de atividade física a fim de evitar ruptura espontânea do órgão, o que agravaria muito o quadro clínico.
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